Cara Que Grande Mulher
Ela tem raça e gingado
Andando mexe as cadeiras
Safada que não dá moleza
Vivendo sem eira nem beira
 
Sua boca é desbocada
Gosta de falar besteira
Maliciosa e debochada
Se amarra numa bebedeira
 
Seu negócio é fazer barraco
Dá na cara de quem ela quer
Só senta de pernas abertas
Podendo olhar quem quiser
 
Vai vivendo nesse desvio
Na vida é mulher malandra
Grita em alto e bom som
Que também é boa de cama
 
Na dança ela se assanha
Atiça, rebola e se esfrega
Deixando qualquer parceiro
Naquele compasso de espera
 
Essa mulher faz bandalha
Com tudo aquilo que vê
Nunca foi fogo de palha
Tem tesão pra dar e vender
 
Ela vai avisando de cara
Cuidado quem ficar comigo
Sou de todos, sou da vida
Incendeio sem nenhum aviso
 
Mas uma coisa eu digo
E escute se você quiser
Ela que dizem ser louca
Cara, que grande mulher!

 

Poema para as mulheres

Rio de Janeiro