O primeiro eterno beijo
O mais apaixonado e quente

A descoberta da doída saudade
Que morre no apertado abraço

Amor temperado de orgulho e vaidade
Juras de amor e fidelidade
Dor em duplicidade

Um amor, quase uma doença,
Uma loucura que beija
O estalar dos nossos corpos
E o vai e vem de emoções

Um amor de erros e enganos
Acertos e recomeços
De sufocos e complicações

Cartas apaixonadas
Despedidas demoradas
No silêncio da noite

Tardes eternas
De risos e beijos
Noites cheias
De estrelas e músicas no ar

A paixão um dia fugiu
O amor tomou a versão
De nossas imperfeições
Separam-se os corações
E se partem as ilusões

Tantas flores despetaladas
Quantas fotos rasgadas
Quantas mágoas desaguadas
Em nossos lençóis

A saudade deixou de ser dor
Transformou-se em liberdade
A vida tomou outra cor
Foi-se o primeiro amor

Cada um no seu universo
Sem amor, com o coração disperso,
Com a lembrança sem prantos
E restou o último verso
Dos nossos bons momentos

A emoção acabou
Restou apenas boa educação
Sem gosto, sem rancor,
Ah foi apenas paixão...
Apenas o primeiro amor

em casa