São tantos caminhos diferentes
Tantas escolhas à minha frente
Decisões a serem tomadas
Vidas à serem mudadas...

Trilhas cobertas por espinhos
E armadilhas que se precipitam
Diante dos meus olhos surgem
Mágoas, sonhos inacabados...

Interrompido abruptamente o sono
Em que repousava serenamente
Minha mente entra em um estado
Uma lastimével esfera de pensamentos.

Pensamentos que já não controlo
Idéias que já não sei de onde vêm
Sentimentos abalados pela dor
O corpo quer, a alma não entende bem...

A idéia agora já vem fraca
Sem forças para ser posta em prática
Falta a coragem dos tempos idos
A audácia aqui já não tem vínculos...

E perante os dois trajetos
Por qual deles devo seguir?
Nunca sei ao certo escolher
Qual o caminho mais certo?

Oh perversa dúvida insistente
A incurtir-se fica em minha mente
Qual a uma serpente dançando
Porém apenas é mais uma quimera

Utópica ilusão incessante
Abstrata vida errante
Certo está o caminho distante
Longe a perder-se no horizonte...

Escrito no dia 17/08/2006, só não me recordo o que me inspirou a escrevê-lo!

No ônibus!