Como as brisas do amanhecer
Você me veio com a alegria para me fazer passar a vida a sorrir,
Mas como todo amanhecer uma hora se põe...
Você se foi...
E a escuridão tomou meu peito
Como a única coisa real
Deixando-me sozinho em um mundo de saudades
E amarguras que me entristecem...
Sonhar se tornou algo necessário...
Para que se tenha um pouco de esperança
De um novo amanhecer como aqueles
Em que eu me via feliz de verdade...
Sem forças para andar,
Essa noite interminável me cansa
Deixando-me somente a certeza do sofrer...
Não sei mais quem és...
Mas sei que existiu...
E guardo em mim as pequenas fagulhas do seu existir...
A dor consome meu orgulho,
Minha alma e meus sentimentos...
Hoje já disfarço bem minha incapacidade
Mas sei que sou incapaz,
E isso me dói,
Até quando eu terei que me esconder em pequenos poemas
Que escrevo nas minhas horas de solidão para saber quem eu sou?
Sei quem eu sou e isso me incomoda...
Não tem como evitar o real,
Somente disfarça-lo como eu o faço...
Mas isso vai me levar a loucura,
Que para muitos será incompreensível
Mas o que fazer se não acabar comigo...
Eu sou um perigo para mim mesmo...
Não posso ficar sozinho comigo mesmo...
Pois vou acabar com essa vida
Que eu tanto desprezo...
Será essa a vida que Deus quis para mim?
Ou será mais uma das minhas escolhas que deram erradas?
Perguntas vão e vem
Mas as respostas nunca me vem a mente...
Sempre perguntas e nada mais...
Riacho Fundo 2 - DF
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