Sempre estamos em eterna vitrine,

Pois há olhares que nos ensaboam

E, certos ou errados, não deixam à toa

A circunferência que o viver nos imprime.

 

Sempre adversos nas conquistas e derrotas,

Somos exposição maligna da inveja

E, também, o maltrapilho que não presta

Quando as desonras batem às nossas portas.

 

Em ambos os lados somos intrínsecas maquetes

Donde ciúme e rejeição parecem cúmplices

Que nos imputam os dedos diante da vida...

 

Perante tais alicerces os brios nos enobrecem,

Porquanto os cenários que nos fazem apêndices

São observações cósmicas de nossas desditas!

 

 

DE IVAN DE OLIVEIRA MELO

Ivan de Oliveira Melo
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