Não compro o que não uso,
Nem de graça aceito,
Um desses produtos
Se chama "medo".
"A Cesar o que é de Cesar"
Foi dito há dois mil anos,
Devolvo a quem me oferece
Um produto tão insano,
Não quero o que não me pertence
O que quero, escolho,
Não sou do "dente por dente"
E nem do "olho por olho",
Busco apenas o que me faz contente,
E certamente não é um ferrolho
Que atrofia e adoece a mente,
E empesteia mais do que piolho.
Ricardo Lemos
© Todos os direitos reservados
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