Do alto de sua majestade
o bem-te-vi me olha
e pergunta:
- Por que não voas, Geovani?
Com alarido chegou,
alegrando meus ouvidos,
fazendo-se anunciar
num rasante espetacular:
- Por que não voas, Geovani?
O cinamomo suporta sua leveza,
seu peitinho infla-se convidando:
- Por que não voas, Geovani?
O sol da tarde vai a meio,
a brisa sopra suave,
e ele fugaz insistindo:
- Por que não voas, Geovani?
O tempo voa e o amigo
num gesto de desprendimento
me oferece suas asas:
- Por que não voas, Geovani?
Geovani Bohi Goulart
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