Despida assim,
Deitada como Deusa
Que repousa a sua beleza
Em lençóis de seda Indiana
Seu corpo acaricia o meu desejo
Como o vento acariciando pluma,
Como gostas de orvalho
Tocando pétalas
Anjo que me tenta,
Estou ardendo de vontade de você,
Os meus olhos lambem
Sua seiva doce,
Vinho tinto que escorre pelas pernas
Pintando suavemente a minha língua
Com o vermelho da paixão
Seus mamilos aquecem
As minhas mãos
E viram sorvetes.
Nesse minuto que antecede a entrega
Você movimenta lentamente as suas pernas
Como um botão de rosa se abrindo
Contemplo maravilhada seu corpo lindo
Nessa bandeja em forma de cama
Se exibe sem piedade,
Daquele jeito que atiça,
Sussura com preguiça
Loucuras no meu ouvido
O céu nunca esteve tão bonito
Quanto agora minha lua
O nosso prazer flutua
Sem mapa de navegação
Descubro o ponto
Que lhe desorienta
Meus lábios deslizam na sua virilha
Avanço,
Vou além
Entre febre e palpitação
Protagonizamos a nossa história
Nesse cinema que imita a vida,
Nessa viagem erotizada,
Nesse pecado que é a nossa salvação.
Tatiane Correia Silva.
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