Ninguém te atura
Confeitaria furtada
Se cada cobertura
É uma boa sacada
Minha visão não alcança
Minha consciência desentende
Prende e o meu corpo balança
Paciência
Como quiserem
Estou pasmo
Desde o cosmos
Digo logos
Cantou o emo
Onde formos
Foi mal forma
Formol, fama
Prioriza decorar
Que coriza espalhar
Infeto o feto
Com afeto
Mimo em insumo
Ou me firmo
Ou ele some
Faz as malas
Se consome
Cava valas
Quais cavalas
Preciso montar
Pra me equiparar a uma charrete?
A equipe prepara outro cavalete
Brados de bardos
Cardos nos ardúos
Vamos pintar triologias
Fogueira em noites frias
Do verde longníquo
"Veritas Quo"
Mas qualidade e quantidade entrelaçam os dedos
"Workahollic's" são escórias
Ao passo que beira mortes aos aedos
No Palácio de Memórias
Aedes Egypt
Contrai ódio
Barra "quit"
Me trouxe ao pódio
Aedes Egypt
É muito óbvio
Então
Lança logo o próximo episódio

Anedota é pilhéria
Chacota broxante
Eita miséria
Oscilou num instante
Estilhaça porcelana
Porcentagem ultrapassa
Embaça mente insana
Por essa imagem
Sutra rasa

Então lança logo o próximo episódio
Lança outro episódio
Então lança logo o próximo episódio
Lança outro episódio

Vogais vocais
Um, dois, um, dois
Laterais literais
Um, dois, um, dois
Baseado em fatos reais

Então lança logo o próximo episódio
Lança outro episódio
Então lança logo o próximo episódio
Lança outro episódio

 

O problema da arte em nossa sociedade é que, quando a demanda ultrapassa a produção, se dá o apogeu do Armagedom.
Os criadores podem ser compreensivos ao máximo, enquanto não houver cooperação da audiência, nada vale.
Quem é patrão de quem? A arte é mais do que um ganha pão!
Não adianta cobrar se não há nada a oferecer.
Pois o sentimento é inconstante.