Se a mágoa campeia e dela não se esquece,

Não há perdão que seja justo e tão sincero;

Quiçá não seja sentimento, talvez mero farelo

Do sintoma que faz da dor ninho de estresse.

 

A alma se encurrala nos campos, vive ansiosa,

Um momento de felicidade é ficção de amor,

A vida desterra sonhos e o corpo vem a depor

Sobre paixões mal resolvidas da hora capitosa.

 

Ao instante que embevece o homem se entrega,

Milagres são sugestões e a consciência é cega

Para discernir o destino perante perigosa estrada...

 

Pomos a ternura diante dos vexames do nunca

E a centelha que brilha não é luz, é a espelunca

Das trevas que torna o carinho vereda malograda! 

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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