Submersa e violada, assisto minhas vísceras se espalharem na superfície de um mar violento. As ondas não vão, tão pouco voltam -me dão a impressão de que estão eternamente paradas-. Cada onda se choca em si mesma, se fundem, me tocam, me dilaceram, me encantam de uma forma doentia. A ânsia rasga meu peito, a ausência intensifica a catatonia.

 

Ágani L.
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