As luzes acesas, sós,

que melhor argumento nos deu o sol

quando do nascimento do mundo,

imitá-lo, tê-lo a nos aquecer,

com suas mãos

desatar os escuros nós?

 

Caminha entre as pedras o animal abandonado,

não reconhece nenhum fio de grama ao seu lado,

as luzes acesas, solitárias,

o que darão a ele para que sinta o futuro

depois de ter visto claramente o passado?

 

Na mesa a xícara de chá repousa,

o tempo discorda dos cavalos que correm,

nenhum cisco de ruído ousa,

como nascem, as cousas morrem...

 

 

Prieto Moreno
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