O TEATRO DA VIDA
(Soneto duplamente estrambótico)
Que nossa Vida é um teatro já se sabe,
Cada um com o papel já bem marcado...
Aquele que é pelo tolo coração ditado,
 Na tragicomédia da vida o que lhe cabe...
 
No viver diuturno este teatro do absurdo,
Soam falas apaixonadas vindas do coração!
Ou um candente silêncio que tartamudo,
Nos fala da falta de um Amor, de Solidão!
 
Esta é uma tortura quando é acompanhada,
Por alguém que te olha como perguntando:
O que fazes aqui? O vazio olhar te olhando...
Sem uma sombra de amor, de afeto, nada...
 
Um ainda recita apaixonado a sua fala ...
O outro a dela se esqueceu e ali se cala...
 
Como num dos círculos de Dante no Inferno,
O sofrer do desamor é excruciante! É eterno!
 
Pedro Paulo da Gama Bentes-2914/08/04
 

 
 

Pedro Paulo da Gama Bentes
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