A TEMPESTADE

Sou a enxurrada que tudo leva,
Faço estragos, trago o horror.
Não sou a luz sou a treva,
Da roseira sou o espinho não a flor.

Sou o temor, o medo da morte,
De ninguém sou amigo, causo pavor.
Represento o azar, o oposto da sorte,
Aonde chego é só sofrimento e dor.

Eu sou a calamidade, eu sou ruim,
Sou a tempestade que assola,
Faço o mais forte tremer diante de mim
À minha frente, até pedra rola.

Eu sou assim, não posso ser diferente,
Sou parte ativa da natureza
Não posso ser considerada inconsequente
E nem condenada por minha frieza.

A natureza de modo sutil faz-nos pensar estar vivendo no paraíso, porém quando se sente ameaçada ela reage com violência, dando-nos respostas à estupidez humana.. Se a obra é considerada perfeita, porque alterações! Pode o homem chegar à perfeição? Pode o homem na sua insignificância ombrear-se ao arquiteto do Universo?
Conservar deve ser a nossa atitude, sejamos amorosos com a nossa verdadeira Mãe, porque todo ser vivo é alimentado por ela e dela nascemos e a ela voltaremos.

Refletindo!