Réplica

Andamos pelos abismos das nossas consciências,
E descobrimos que filosofar sobre o amor é, em sua desigualdade,
Filosofar sobre a vida, o agir e a inércia do ato,
Independente de sermos escravos dos nossos pensamentos.

Quando caímos nas presas das nossas despretensões,
Repetimos as histórias que não nos cabe em nenhum percurso.
Assim delimitamos sobre os limites invisíveis dos nossos sentimentos,
E caminhamos sobre as pedras da verdade, sem atirá-las.

Dentre as inúmeras facetas da vida,
Encontramos de igual modo as faces do amor.
E quando negamos estamos afirmando sem pudor.

Porém, diante das incansáveis ilusões,
Somos libertos da nossa escravidão,
E daquilo que renunciamos porque somos irrenunciáveis, também.