Nem  é  por  um  acaso 

este  meu  lembrar  de  ti,  

naquela     sede  antiga

que  me   atiçou  e  atiçava.

Nem  foi  por  um  acaso 

teu  nome,   fraca  centelha 

no  lado  escuro,  viés   de  sombra,  

onde  nada  do  escrito, 

se podia entender.

Quando  restou   o  algo  no  ocaso  

por  dentro   do   que  desatou. 

Foi  o  que  fui,  aquele  que 

juntava tudo,   pra  impedir   que     

ficasses   a  deriva,  na tentativa   da    

dissolução  dos   vazios. 

Agora eu  sei  que  não  foi    por   um   acaso, 

haver   ficado  como  o   despetalar  de  uma

flor, aquele    teu    sorriso   ferido

Bem   antes   do  frigir  

no  lábio  do  tempo   ó  dolorosa,

da   exata   síntese    volátil  !!!!!

 


 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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