Tal como ideia, que como ideia nos deixa satisfeitos,
O desejo idealizado como distante sonho
É incêndio que se alimenta em nossos peitos,
Mas, se real, torna-se um real tristonho...
Querer algo tão profundamente
E ver tal coisa como inatingível e distante
É o melhor, porque quando palpável concretamente
Torna-se banal, comum, maçante...
O olhar furioso e brilhante
Que idealiza com ar divino e sonhador
E dá como impossível o ensejo,
É o que nos dá a breve alegria instigante;
E tê-lo fundamentado é sinônimo de dor,
Posto que o que nasce como desejo, melhor morre como desejo...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença