O que passa distante
Nem sempre não está ligado a você
A distância que você reduz
É proporcional à distância que te aproxima.
O afastamento de si não é alienação
É a tentativa do desapego, é o não ficar.
É o ir e deixar
O vínculo responsabiliza
Sua ausência ignora,
Abstém-se.
Abster-se é trazer em si o desejo de sublimação
De esvair-se em si e transcender
Transcender é transgredir...
Ao que te aproxima,
Resta o distanciamento.
O isolamento transcende
A relação pueriza a razão
Repulsiona a matéria simbiótica entre o ser
E o quimérico
Superficializa a essência para sobrejupar o que é visível,
Palpável, palatável...
Risíveis e desconexos momentos
A essência racionaliza-se em si.
O todo é sempre tua parte incompleta
Seu conjunto vazio.
E esse vazio é seu retorno
Retorno ao nada...
Ao  nada de si. 
 
 
 
 

sergio de macedo saldanha
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