Rastejando sob um plano misterioso,
onde a escuridão apaga a vida e torna-a triste e deprimente,
onde Zeus encerrou os Titãns e a Igreja guardou os designios do Senhor,
nasceste, uma pequena estrela negra,
vigorosa destemida e malvada mas doce,
que emite a luz angelical,
que não deixa escurecer a minha alma,
perdida nas ilusões e em batalhas contra o coração.
Luz que penetra no meu sangue azul,
que mata o demonio e atiça o meu verdadeiro eu,
o eu preso nas profundezas da escuridão,
esquecido e perdido,louco mas paciente,
provocado pela tua formosa luz.
Dá-me a luz,
luz que fere,
luz que doí,
luz que quero,
luz que amo,
luz que desejo e rastejo,
deixo escorrer sobre meu rosto angelicas lagrimas de fogo,
pois sei que não me darás a luz negra,
intensa e revoltosa,
doce e carinhosa,
fria e escaldante.
© Todos os direitos reservados