Atroz, fugaz como que fugisse
De perto de mim, me pondo em caçada
À tua beleza, alva e embebida
Em nostálgica tristeza.
Clareza que busco em
Tantos escuros cantos,
Cânticos nórdicos, sórdidos
Sussurros vindos de cantos
Mudos, ou seriam mudos
Que perambulam nos cantos
Emudecidos  pela sordidez
De canções  cantadas no
Momento da embriaguez?
Lucidez perdida no instante
Em que de meus ideais
Coloquei-me distante,
E errôneo e errante,
Procuro minha luz e minha paz.
E nesse errar constante,
Ladrilhado de planos irreais,
Tento encontrar a beleza alva
Que há tempos não me dá sinais.
E a busca continua
Insossa, sem muito mais.
Continuarei a valorizar troncos,
Idolatrar ídolos de pedra,
E a ignorar cristais.

Luan Mordegane Pupo
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