Caminhos Escolhidos (O Louco Caminho) II

O dia é molhado,
“ensolarado!”,
calmo,
“quente!”,
pacífico,
“entediante!”,
quieto,
“Fique você!”
 
(…)
 
O dia é estranho e louco,
pois as pedras não tremem,
e o caminho é visto.
 
“Por quem?”
 
Por nós!
 
“Não sou nada,
além de mim!”
 
Não sou nada além de nada.
Quero apenas ouvir esta canção,
quero entender esta solidão,
quero amor no coração.
 
“És um cão em criação!”
 
Sou apenas eu, ó Deus perdão!
 
“Fique quieto e pare de reclamação...”
 
Continuo meu caminho neste sertão.
 
“Continue!
E não será são...”
 
Ao menos,
entre as pedras que toco com os pés,
vejo minha carne,
sinto minha vida...
Sinto que não foi criada em vão.
 
“Sente a dor, do calor deste chão!”
 
Sinto alegrias mundanas,
sinto loucuras sobre-humanas,
agora sinto nada e tudo,
ou apenas não sei o que é...
Sentir.