Não tenho outra alegria em mim,
ou por mim que seja,
que careça da necessidade de te sentir assim.
Não tenho outro alguém, que me dê calor, que me sorria,
que me cante ao ouvido, me dê vontade ou alegria,
não há mais ninguém que faça sentido.
Que me traga, que me leve, que me pinte que me escreve,
que me doa e morra, no meu morrer de cada dia.
Não existe mais ninguém que assim se perderia.
Perdi, em tempos a vontade do meu viver,
vagueei por um negro e fundo horizonte,
e ninguém mais, (senão tu), me lançou uma escada,
uma estrada, um caminho, uma ponte.
Fechei-me, fechei-me,
fiquei mudo e surdo e inerte e deixei de ver,
e nessa tristeza velada, levei os meus dias,
nessa cruzada me ía afogando no poço da demência,
onde rostos amargos e vozes de desespero,
habitavam e me assombravam sem clemência.
Mas por isto tudo, nada digas, não digas nada,
quando fores velha comida pela vida,
irás tomar este poema nas tuas mãos,
e sonharás, com o teu doce olhar,
nesse silêncio de mim te irás lembrar,
e de todo o passado que viveste até aqui chegar.
Pois um homem apenas, amou a tua alma peregrina,
e lambeu o sal do teu rosto sulcado de lágrimas,
Mas não digas nada, não digas,
deixa estar.
Não percas palavras pela vontade de as dizer,
vontade delicada, trémula, quase vã,
Não digas.
Não digas,
Que eu meu amor, que eu,
não te digo adeus, apenas até amanhã!
 

 


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