Sem andorinhas não haveria verões.
Elas são mensageiras prenunciando estações.
Abrindo as cortinas dando passagem ao calor.
Dourando as praias, impregnação e torpor.
Assim, como sem flores não haveria primavera.
Assim, como os sonhadores nas asas das quimeras.
O poema nos faz voar sobre as asas do pensamento.
Acordando emoções que emana tanto sentimento.
E sonhar com as delícias da liberdade plena...
Alçar um vôo noturno, tal delicada falena.
Sem a dor da tristeza, apenas alegrias e anseios.
Total sem restrições, onde o coração não teria devaneios.
E assim as realidades vivas de concretas paixões.
Soltando o destino ás derivas, recriando sensações...
Nossos momentos são feitos de inesperados fatos...
Nossos temas eleitos são nossos felizes retratos.
Que quase sempre são andorinhas que migram.
Barcos parados, que as águas saudosas singram.
Nos arredores do cais, em busca de outros verões...
Tentando arrebatar incontroláveis sensações.
O trinar das andorinhas ditam uma linda coreografia.
Como ondas que compõe uma suave e branda melodia.
São sentimentos que ficam gravados como notas musicais,
Fazendo trinar o coração, saudosos e gostosos ais...
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