E daí...?
Se foi para da barra da saia sair,
E se tudo aconteceu
Tal qual o previsto?
Eu desisto de morar
Na beira...
E há quem queira
Imaginar cidades de mil luzes,
E desfolhar trevos de mil cruzes,
E esperar...
Esperar demais.
O que ganhaste?
Ficaste atrás dos teus projetos mais íntimos,
E intimaste-os seguindo o teu tino,
E nunca mais floresceste em vida...
Eu quis te dar amor
Desejei te dar acolhida.
Mas preferias ser apenas a minha comida,
E meu bucho andava cheio delas.
Putas, donzelas, jovenzinhas e mulheres vividas.
Todas elas resumidas
Na digestão
Que ainda faço
Enquanto penso em você.
Sempre foi fácil te desejar,
Te querer,
Desejar te comer.
O difícil é te aceitar
Na barra da saia deste cometa,
Desculpando cada erro que cometa,
Comentando e alimentando
Cada coisa e seu lugar.
Difícil é só te poetar
Enquanto o possível
Vai se tornando
Cada vez mais
Antônimo de nós.
É verdade cristalina
Na barra de uma dúvida atroz.
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