Sou tão contraditório que me apelidei de “O Contradicto”. Vivo imerso numa dualidade crônica, de não saber se corro, tão pouco se grito. Então, permaneço... Por momentos até me esqueço...Mas a dialética, do Eu com o eu, ressurge num átimo e diz-me:
"- Que sou bom, mas que irei para o inferno! Que em minhas virtudes também moram maldades. Que minhas verdades são meros fragmentos, buscando, em sua plena insignificância, plagiar a grã-verdade."
Nada é todo por inteiro!
Tudo quando esmiuçado perde um pouco o significado. Nada permanece imutável , mesmo quando fragmentado, não se sabe mais qual será o resultado. Pois quando os pedaços forem rejuntados, sabe-se lá o que resultará, mas é certo de que algo novo emergirá.
Quando penso que o todo compreendo, as partes se juntam formando um terceiro artefato.Me mostrando que do todo nada sei, pois cada vez que o todo se apresenta,suas vestimentas, assim como suas essências, nada se parecem com o que eu havia imaginado, elucubrado...
E a cada dia descubro que a verdade de ontem é a mentira de hoje, e a mentira de hoje é só um fragmento da verdade...Que o certo está dentro do errado e vice-versa, que o Bom também comporta  maldade, que a escuridão não existe sem a claridade. E nada nesse mundo é pura verdade, mas fragmentos de uma entidade incompreensível ainda a toda humanidade.

LNM (pois essa é muito pessoal)