Como alguém a lapidar pedra bruta

Para fazer do fosco, brilho,

O ciber poeta pensou:

Programando a máquina

Para combinar palavras

Faria delas, arte!

Do tosco, qual joalheiro, faria gema.

Constatou, esmorecido, a aberração produzida.

Pegou, então, da velha pena

Já cansada de deslizar por tantos papéis e,

Munido de inspiração,

Passou a escrever,

Com a certeza de que:

Lágrimas não emanam de circuitos integrados,

Sequer de processadores ultra-velozes.

Bytes incapazes que são,

Para percepção de emoções!

Máquina: inteligência artificial, incapaz de emoção!
Poeta cibernético
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