Por medo de viver
perdem-se primaveras,
ama-se pela metade,
dorme-se demasiado.
Quantos caminhos novos
poderiam ser trilhados...
Quanto frescor de flores
entraria pela alma
e perfumaria o sonhos...
Por medo de viver
passa-se neutro
pela trilha,
sem se contemplar
as borboletas multicores
na madrugada tranquila
e sem se provar do silêncio,
do fundo e belo silêncio
que nasce de sob as águas
e se espalha pela vida.

 

Cio Nascimento
© Todos os direitos reservados