A Rainha era uma bruxa
Feia e tal qual canhão na buxa,
Que era terrível no seu proceder
Longe para o seu poeta, de ser seu bem querer.
Um dia porém por ela o poeta adoeceu
E até as vidas que Deus lhe deu,
Instrumentos do seu prazer,
Nada o faziam retrosceder.
Foi ela quem transformou,
O azul do seu mar na escuridão profunda da sua dor
Quando o poeta se viu sem ela,
Mesmo sem nenhum encanto havendo nela
Porém para ele, mesmo assim no mundo era a mais bela.
Um dia o poeta morreu
E no seu castelo,
Aonde antes havia seu riso tão belo,
Um fantasma em agonia lhe suscedeu.
A megera do poeta caiu na miséria
E viu na sua miséria,
Que nada mais tinha além de matéria etérea,
Pois a infeliz nunca mais teve paz,
Visto que nada mais para ela havia
E nem mesmo consolo na mais linda poesia,
Foi capaz de encontrar também a paz para sua fantasia
Perdida de tristezas, aonde nunca mais mais feliz não foi mais
E ter seu sorriso de volta foi capaz.
Hoje, nada mais existe
No lindo castelo de pedras que ainda subsiste,
Mas a megera é a mulher mais triste,
Mais triste deste mundo
Por causa do que causou no coração poeta, em seu sofrer profundo.
Tema musical deste poema
Barry Manilow - Ships
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