Pereciam como um nevoeiro
Os sonhos meus que te perseguem?
Teria algum anjo alado
Descoberto esses ares primeiro
Pra, com seu sopro, dissipá-los?
Teria o poeta chorado,
Pra que seus olhos fossem fechados
Por prantos que d'alma procedem?
Que os anjos todos calados
O vento do amor observem:
- Pois mesmo fechados meus olhos te seguem!
Seriam as forças de repulsão,
Regendo o mundo da eterna razão,
Que juntas me afastam de tua beleza?
É forte essa Física sempre constante,
Porém desafio a Mãe Natureza
Que une os opostos e afasta os amantes,
Mesmo fazendo isso tudo a sós:
- Pois mesmo distante eu ouço tua voz!
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença