Acabou

  Acabou nossa história de amor, mulher querida.
  Nossos sonhos, nosso passado, o que era vida,
  Acabou os toques da união de nossas bocas...
  Como acabou assim, essas coisas tão loucas ?

  Deste- me das bebidas, a mais amarga, de fel,
  Acabou o doce profundo de teu simples olhar...
  Como era puro, teu delicioso beijo de mel
  E agora, a dor amarga, meus olhos vem molhar.

  Acabou o sentimento que havia neste peito,
  Outrora unida, à sua vida, em noites de lua...
  Em abraços, me encantava esse teu jeito,
  E sentia em minha pele, tua pele, semi nua...

  O que a princípio, era poesia escrita n'alma,
  Sofro hoje, esta falta de ti, sem inspiração,
  Guardo esta dor em meu peito, na calma
  Como flexa, no alvo deste triste coração...

  Acabou, mulher... simplesmente, acabou
  Minha força de amar, de sentir, de sorrir...
  Acabou... como chuva serôdia, desabou,
  No sol escaldante do tempo, mulher...
  Tudo há de se extingüir...

  Acabou... acabou... sei somente, que... acabou
            (Lágrimas)

 

Como é triste, o fim de um relacionamento...
É como se no coração faltasse um "til", como se na veia faltasse um pingo no "i".
É como se em cada desabrochar de uma rosa vermelha, uma pétala caisse ao solo e fosse pisada por quem queria apenas nos ferir com seus espinhos pontiagudos... Se vc não sofreu ainda uma separação, cuidado... vc pode ser vitime de um poema sem inspiração e sem rimas.

São José dos Campos, 15/03/2008

Norberto Eugênio
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