Vou nas asas que me sustentam os versos e a crença, dessa ave-poesia que ainda faz diferença - sob o céu de país cinzento, a nublar visão e memória, há de viver outra história, essa minha gente; essa minha nação em que se perdem balas mas não essa face subserviente. Olho, vejo, vivo, como tantos, sob a pressão do dia, e nem preciso abrir mais os olhos – eu sinto,  infelizmente; todos sentimos... muito.  Mas vou nas asas, que me sustentam os versos e a crença, dessa ave cujo canto ainda me encanta; como transforma o tempo e sua canção, a andança, o que se vale, o que se é; como eleva, toda boa fé, como impulsiona, toda esperança.