Fazes com o rancor de quem domina
Com a doçura do sonho que alucina
Altos e baixos nesta constante berlinda, em meio a abraço que me cura da dor causada e fascina
Será a fidelidade a esta loucura minha sina?
Choro e sorrio
Quero a distância de quem provoca-me arrepios
De quem doou meu ninho
Prometeu que jamais estaríamos sozinhos
Odeio e amo
Minhas angústias não mais as proclamo
Tua necessidade e instável momentâneo abandono
Minhas promessas, tua descrença, todos estes dizeres profanos
E sigo nesta decisão
Me deixo levar por um louco, me entrego ás suas mãos
Elevo-me para tão longe, abdico para lhe manter são
A fragilidade desta paz, meu maior temor e amor, não parece haver solução
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença