PASSEIO NA REPRESA DO FUNIL

Hoje tentei passear,
para de ti esquecer,
fui a um lago pescar,
antes do entardecer.
Num pé de algodão,
sentado no chão,
com o anzol na mão,
pensei no coração,
lembrei do que não
queria lembrar.
Olhei para lado
nada fisgado
nada pescado.
A lágrima rolou
para quem nunca pescou,
um alguém me olhou,
e muito estranhou,
porque o chorar,
se estava eu a pescar.
Logo veio o primeiro
era um lindo tambaqui.
Olho para o lado não a vejo aqui.
Que ao se sentir fisgado
bem diferente de mim
não se entrega tão fácil.
Luta pela vida, tem esperança
ele pula se debate,
quer do anzol se soltar
e livre voltar a nadar.
Paro, olho, medito,
e só então acredito
que igual anzol me fisgou.
Que depois de pescado,
anzol retirado,
é jogado ao lado
e sem menor pretexto
fica no cesto
para ser cozinhado.
Ele continua a lutar;
ele se  debate ele pula,
do cesto quer se desvencilhar
e ao lago voltar
é a eterna luta pela sobrevivência.
Eu como ele não sou,
a minha vida acabou.
Não desejo me arrastar
sou um grande covarde
a única verdade
será abreviar
a vida que não é vida,
são tantas as feridas
que se proferidas
irão machucar,
prefiro então me calar.
Pode ser que um dia
saberás de tudo que sei,
que por amar não falei.
Te levarei comigo,
meu sorriso contigo,
e se assim for;
e o que existiu deixar,
nem precisarás falar;
FOI-SE UM AMIGO !
 
Renatinhuuuuuuuu  7 de Agosto de 2006   01:11

CUMPRINDO A PROMESSA.
ATÉ O DIA 25 DE JULHO POSTO TODAS.
CARLOS PELO AMIGO

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