Toda manhã um renascer
Um diferente
Recomeço
Flor em botão
Ainda assim não há
Fragilidades
No que a vida dá
Não cabem manhas
Construo-me às avessas
Sou feita de artimanhas
Não que seja forte
Necessito ser
Da vida cobro tudo
Vou à luta
Vou à forra
Se descaminho
Abro atalhos
Me fazem melhor
Todo anoitecer um juntar cacos
Refletir tropeços
Nivelo o que penso
Dissabores dispenso
O tudo o mais
Agradeço
O amanhã não sei
Mereço?
Se sim recomeço
Maria Isabel Sartorio Santos
© Todos os direitos reservados
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