O homem covarde atrai sua ruína.

Tantas coisas a serem sentidas, nomeadas assim com tamanho

estranhamento, pois o que são é um mistério até

para quem sente.

Ao pensar em expressa-las, umas

nas outras se embaralham, agitadas tal qual

ondas em meio a ventos hostis.

Reprimir em um primeiro instante parece o mais

adequado, fugir é rápido assim como o alivio

proporcionado. Depois me sinto sufocado e

a constante repetição desse ciclo de covardia, me acomoda na falta

de coragem para enfrentá-la.

É preciso coragem para exterminar a covardia, levando

junto sua fiel escudeira ansiedade.

Se sentir amado e acolhido é mais difícil do que pensam,

mais desejado e necessário do que sonham.

É mais do que palavras, é o que alimenta a alma.

As memórias me confundem me fazem questionar

meu próprio eu, elas me afrontam e me isolam

num casulo de dúvida, medo e mais uma vez

a tão familiar e indesejada covardia.