Deixa me morrer no oceano
Contemplando o som das águas.
Sua profundidade e imensidãoSão um ótimo lar para o padecer de minha alma.
Verões quentes, pés na areia
O doce gosto de um sorvete em meus lábios Sensações estranhas me completam
E dentro de mim, no sangue que corre em meu corpo sinto o amargo das desaventuras mortais e este grande infortúnio que há.
Loucuras de um espírito que anseia liberdade
Prisões de um mundo pérfido que existe dentro de minha mente.
Escrevo para o fantasma que me assombra Cruel e Indolente ele vive nas paredes do meu quarto...
Acho que estou amaldiçoado por ele.
Por isso ante ao sombrio estranho que habita meu ser, penso na calmaria do oceano e na sua leve brisa
Correr diante de sua imponência ou apenas observar o fluir de suas ondas.
Busco o meu desconhecido, que vaga por aí
Nas entrelinhas do verso de um livro.
Trágico, belo e melancólico meu coração desalinhado é um mistério
E estarei assim até o dia em que meu último suspiro entrar em contato com o ar.
Enxergo minha loucura, nascida do amor
Que irá culminar na pequena morte de um sonhador atroz que destrói a si mesmo.
© Todos os direitos reservados