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Perfeito! Adorei!

Eloisa Alves

Eloisa Alves

Dizer “ preciso de alguém segurando minha mão”, talvez tenha sido maior dos que as vertigens de seu mar, ou se eles estão unidos, o leitor não consegue compreender se houve algum sentimento ao encontro do mar, dando-lhe a mão, tampouco percebe se é apenas um eco infinito. Lembrei-me das mesmas mãos de Clarisse Lispector, as mãos que possuem a ânsia de segurar uma proteção. Eu também espero que alguém segure às minhas mãos, pois sobreviver com a complexidade do outro, que se completa e modifica-se comigo, a todo instante, é ter a força criativa de fingir que ele está segurando à minha mão, e juntos tentamos nos salvar deste mar. Não quero acreditar que o meu eco é apenas o meu "coração desprotegido, essa coragem de ir falando para o nada e o ninguém.”


“Enquanto escrever e falar vou ter que fingir que alguém está segurando a minha mão.”

“Oh pelo menos no começo, só no começo. Logo que puder dispensá-la, irei sozinha. Por enquanto preciso segurar esta tua mão – mesmo que não consiga inventar teu rosto e teus olhos e tua boca.”


“ Terei que ter a coragem de usar o meu coração desprotegido e de ir falando para o nada e para o ninguém?

Clarisse Lispector - A Paixão Segundo G.H.

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Às suas palavras tocaram uma parte da complexidade que habita em mim. Oh, creio que acabei de dar a minha mão para o eco do teu mar! Mas desenlacemos as mãos, e busquemos o andar de Cristo sobre as águas do nosso coração...