Enquanto caminhávamos, eu e você, eu não sentia sua presença. Em que caminho trilhavam seus pensamentos? Eu pressentia que a qualquer momento, um de nós, desvencilharia do percurso.
Todos os sonhos silenciaram, já não tinha meus pés no chão. Eu flutuava nas minhas ideias sobre as suas ideias.
O que se passava ali, que eu não compreendia?
Em silêncio, entre olhares, compreendi... 
Seguimos em lados opostos, sem danos aparentes...
Gotas do céu respingaram meu rosto, as de dentro pesavam tanto, que não conseguiam fluir; o peso delas deixaram-me, novamente, com os pés firmes ao chão...

Retrata o fim de um romance.

Marabá-Pará, escrita em 24/02/2015.

Erika Adrienne Santos
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