Nada restou....
Ao olhar para trás
Até as lembranças
Pouco a pouco foram se ocultando
Entre um denso nevoeiro
E a chama que um dia ardeu em nós de forma intensa
Que era possível de ser vista de qualquer ponto da terra
E isto de forma nítida
Se apagou por completo!
E isto hoje também é nítido
Nítido que nuca se amou!
Pois quando se ama, se usa do silencio
Para não desanunciar o amor já declarado
E não manchar as tantas juras que são feitas
Deixando assim bem claro a medida deste amor
Porque sem amor, as palavras se perdem
Em juras que constantemente são quebradas
Tornando reféns de momentos tantos belos risos
Em lábios, que junto aprisionam as doces palavras
E soltam o que se deve reter
Sem preocupação com o grau da ofensa
E com o tamanho da contradição
De que jura juras de um faz de contas
Onde no final das contas
O encanto sempre acaba
Tirando a validade das palavras
Muito antes do amanhecer
Pois sem amor, se risca por cima de tantas páginas
E ainda que sejam escritas com as mais belas palavras
Porque sem amor, qualquer esforço a qualquer direção é perdido
Páginas escritas e que são lançadas no passado
Todas elas endereçadas ao esquecimento
Para que jamais encontrem um lugar entre as memórias
Memórias estas que nos alcançam dia a dia
Porque sem amor, as palavras se perdem, todas elas
E ainda que sejam usadas as mais tocantes entre as belas
Não passam de sementes plantadas destinadas a não vingar
Por não ter forças para firmar suas raízes dentro de qualquer coração
São Paulo, em 23 de agosto de 2019
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