Peguei num papel, fiz um poema.
 
Fácil de dizer que vou fazer um poema,
Então, fiz mesmo um poema,
Meu, só meu,
Que de minha pena saiu!
 
Por agora só meu, depois dei o poema,
Que alguém gostou, que alguém o leu,
Ah, mas o poema é meu!
Porém, para que serve o poema,
Que é meu, que alguém gostou,
Que alguém leu? Dá gozo?
É remédio para idoso?
Estimula o amor?
Critica alguém estupor?
 
Atenção, ainda estou a fazer o poema,
Uma obra d’arte,
Claro que é só para mim,
Com ele posso embrulhar chocolates
E ter desejos de os levar ao meu amor,
Depois, os dois, colados, saborearmos beijos
Achocolatados!
 
Meu amor disse que estava bom o poema,
Com muita poesia impregnado,
Que ficou mesmo todo lambuzado,
Rasgado, desfeito, sem jeito!
 
Não houve nada mal,
Porque de poemas nunca tenho míngua,
Pode-se comer o poema,
Mas eu fico sempre com ele na ponta da língua
E outro rapidamente feito!
 
Meu amor gosta de chocolate,
E eu faço-lhe poemas, com arte!
…xxx…
Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
 (Silvino Taveira Machado Figueiredp)
 

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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