Bebo deveras do sumo da vida e da morte,
Ingiro das Bodas de Caná o Cálice Sagrado
Que é o sêmen da existência e é retrato
Do auspicioso vinho que faz de mim consorte
 
Da magnífica metamorfose que saiu da água...
Como do pão ensopado da Última Ceia
E percebo dos arrepios que me cerceiam
A vitrine de uma fé que meus olhos deságuam.
 
Penso do Infinito as Verdades Cósmicas
Que me abstraem e cerzem a todas as óticas
Para que em núpcias se entenda o infinitesimal...
 
Compreendo da natureza o enlace que é Perfeito
E, se minha mente adormece, vincula-se ao defeito
De todos os polígonos e circunferências do Mal!
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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