Minhas asas nas suas mãos,
Anés de fumaça nos une
Pequenos deslizes
Nos fazem perder o sono
Continuo presa nesse espelho,
Na desordem de um universo complicado
Giro em torno de mim,
Num círculo de sentimentos idiotas
Desgraçadas raízes que me prendem
Na inquietude do seu corpo
Estúpida necessidade de ser sua
Nas linhas da sua vida,
Meu miserável destino
Um misto de Morfina e estricnina
A minha carne desenha
Os seus olhos de serpente
Você transita como lâmina
Lentamente por dentro dos meus poros
Sua sombra me vigia em vão
As minhas asas continuam
Acorrentadas nas suas mãos.
Tatiane Correia Silva - Compositora/Poeta (SALVADOR-BA)
© Todos os direitos reservados
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