Oh! dor que rasga com tredo o meu viver
E lasciva pouco a pouco minha alma...
Escarne e magoa do íntimo trauma
Que a vida não me deixa esquecer.
Oh! cálice derrrisor de minha alegria!
Veneno frio que me entorce as veias...
Como uma aranha em suas teias
Sinto o teu fúnebre abraço de agonia.
Quero o silêncio dos escuros...
Das noites negras de agosto!
Fugir das paredes destes muros...
E no esquife...Meu último transporte
Quero a frieza branca do meu rosto...
Mostrar minha cara em minha morte!
Carlos Cintra
© Todos os direitos reservados
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