Aperta o passo… o tempo não espera, deixa de cautela, ouve o que te impele ou senta-te e espera e verás o que terás… um vazio dentro de um vácuo, um vão incompletando o nada, ao cruzares os braços, amordaçares abraços vendo o barco partir sem dar trela e a vela te acenando, desaparecer…
Levanta-te, o tempo urge, algoz voraz de quem fica pra trás e tropeça na própria sorte e retrocede de sul a norte cambaleando, sem rumo a tomar. O mundo gira a mil por hora, vem rodar com ele, anda, entra agora na ciranda, deixa os deixares de ser…
Faz acontecer, vibra diante da vida lá fora, encoraja-te, vai embora, segue o ritmo das horas, emociona-te a cada instante, chora, ri, grita, bebe um espumante, celebra o release antecipado, canta a reviravolta do momento, pisa o reprise ultrapassado, vive novo enredo sem revolta, sem volta, sem ai. Vai…
(Carmen Lúcia)
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele