Pela fresta comum da minha mente,
Eu relembro com carinho um passado
Que vivi no apogeu da minha infância
A brincar e trabalhar lá no roçado.

Era lindo se olhar o firmamento!
Toda noite no meu vasto sertão,
Só se via o brilho forte das estrelas
No silêncio vulgar da escuridão.

Acordar com o trinar da passarada
Enchia-me de vigor pra um novo dia
De trabalho na singela caminhada.

De um menino caboclo que vivia
Na mais simples pureza não notada
“Que eu era feliz e não sabia”!

Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 25 de março de 2006