Na mão esquerda essas tantas moedas com faces cegas
ao que se passa ao redor, dentro do corredor,
na mão direita essas flores que levo e que minha alma entrega
a quem de direito mereça recebê-las, com muito amor,
assim sigo o caminho entre flores de aço
e singelos pés de trigo,
assim tomo a estrada que me levará aonde o nada me espera
com todas as coisas espalhadas pelo campo,
assim sigo como hipocampo
a vaticinar pólen e borboletas,
sigo como segue a ampulheta
a marcar o tempo de dissolução
entre as coisas de pedra
e as coisas do coração...
Prieto Moreno
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