E se eu te amasse mais uma vez?
Não como se ama fútil e vulgarmente,
Mas sim um novo amor, belo e insurgente,
Simplesmente, da primeira vez, diferente.
E se eu te olhasse com esse novo amor,
Num olhar calmo e transparente,
E visse nesse novo olhar uma nova semente,
Uma nova estrela, um novo presente?
Poderia te amar novamente?
Te oferecer novas flores ternamente?
Ou quem sabe escrever livremente?
Sem ponto final, vírgulas e reticências.
Se eu te amar novamente,
O que farei do antigo amor que não se sente?
Da solidão do passado presente?
E do futuro ausente, o que farei?
Se eu te amar simplesmente,
Será o mesmo amor de sempre,
O mesmo olhar de antigamente,
Pois quando se ama, ama-se eternamente.
Claudio Jose Pinto
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