Recado do poeta BRUNO aos seus muitos amigos e poucos leitores

Recado do poeta BRUNO aos seus muitos amigos e poucos leitores

 Gente paciente:

Devido à problemas técnicos e de força maior, fui obrigado a mudar o meu e-mail.  Perdi o blog que estava construindo e todas as poesias (não teho o hábito de salva-las no pc). Eu poderia até alegar falta de tempol... assoberbado... mas é preguiçamesmo, eu acho...

De qualquer forma, estou temporariamente impossibilitado de acessar á minha conta no Site de Poesias por causa do email cadastrado (eu ouvi fogos?).

De qualquer forma, durante esse tempo, estarei postando desse nick alternativo que eu sempre usei para às minhas extravagâncias.

Assim que possível, estarei de volta à mesma bat-conta, na mesma Bat-hora e no mesmo bat-canal!

Pra comemorar, vai aí, uma extravagâqncia:

 

                                  Fosse eu ainda moço:
Nos meu tempo de rapaz,
Mas tempo não volta atrás,
O que passou não volta mais
E o que já foi se perdeu.
 
Eu era um sujeito aprumado
Desses, garboso e pimpão
Espantava c’um safanão
E derrubava no chão,
Quarqué caboclo abusado,
 
Já as moça donzelas,
De pudor, brio e decência,
Tratava com deferência,
E fazia reverência
Quando passava por elas.
 
Se aquele tempo, fosse ainda
Quando eu tinha o encantamento,
E o vigor da juventude
 
Eu viajava a miúde,
procurei, mais do que pude
pela donzela mais linda.
 
Hoje, seguro e assentado
trago o corpo cansado,
 e os cabelo embranquecido,
 
já, tanto tempo passado
sou um homem casado
sou chefe, pai e marido.
 
Só hoje então que eu te vejo
e hoje sonho com os teu bejo
Que me acende  o desejo
E me invade o pensamento
 
Hoje vivo submisso,
Hoje tenho compromisso,
É somente por isso,
Que hoje eu sofro e lamento,
 
E que eu não te acho onde fô
cum ramalhete de frô
primeiro falo de amô
depois peço em casamento
 
e pra ficá mais fromoso
te recitava, orgulhoso
um versinho gosto
que desde criança eu aprendi:
 
Minha terra tem bananeira,
Terra boa e faceira,
Onde se ouve a tarde inteira 
O canto do bem-te-vi.
 
O sabiá da laranjeira,
Que cantava na palmeira,
Eu matei com atiradeira
Coloquei na frigideira
 
Fiz uma farofa e comi.
 
 

 
BRUNO

 

 (Com a devida vênia do Grande Gonçalves Dias...)

 

BRUNO
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