Com a ternura de uma criança, um coração
Cotidiano teimoso, pulsando em tempestade
Andarilho dos sonhos, sempre em citação
À paixão que se entende por metade
 
Covarde é o anseio que se tem em atração
Em cor de amizade, dissimulando a realidade
Por falta de coragem, a sua prova e confissão
Dos desejos que calados existem na vontade
 
Pelas noites de insônia, que o pensar não prediz
Ausente de cora, do medo que jamais o perdoa
Eternizando em fantasia o seu romance infeliz
 
A cada manhã que aos seus sonhos o contradiz
Pelo vento que sem força, sua alma não voa
Por falta de impulso a quem o olhar não o diz

 

 

Murilo Celani Servo
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