Não um poema de amor

Toda noite sinto me tocar
Avisando de minha realidade
Me iludindo ao sonhar
Que tu me levas à liberdade

Tornou-se o meu amor
Mas o ciúmes que havia
Não me deixou sentir o calor
Me trazendo enorme apatia

Os ventos por tragar
A poluição por cima do cinza
A tristeza por respirar
Trazendo o frio na espinha

Daquilo que ainda viria
A incerteza que tanto aguardei
Tomou um rumo sem linha
Desconcertando tudo que sei

O mal que tu me fazes
O outro em que me deixa
Relatividade que faz as pazes
Pensando tudo que me queixa

Toda noite sinto a realidade
Avisando ao me tocar
Me iludindo com a liberdade
Que tu me levas à sonhar